01/Apr/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (31/03) na Bolsa de Chicago, refletindo estoques menores do que o esperado nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as reservas alcançavam 207,04 milhões de toneladas no dia 1º de março de 2025. O volume ficou abaixo da média das expectativas de analistas, de 208,15 milhões de toneladas. O vencimento maio do grão subiu 4,00 cents (0,88%), e fechou a US$ 4,57 por bushel. A previsão de área plantada ficou acima do esperado, mas isso não mexeu com as cotações.
O governo dos Estados Unidos estimou a área de milho em 2025/2026 em 38,57 milhões de hectares, enquanto o mercado esperava 38,11 milhões de hectares. O número ficou dentro do intervalo previsto, e já estava em boa parte embutido nos preços. Os ganhos também foram sustentados pelo recuo do dólar ante o Real e pelo fortalecimento do petróleo. A queda a moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol.
Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Preocupações com a possível implementação de novas tarifas pelos Estados Unidos nesta quarta-feira (02/04) também influenciaram os negócios. De acordo com a StoneX, tarifas retaliatórias do México prejudicariam significativamente as exportações de grãos dos Estados Unidos. Fundos de investimento reduziram em 29% sua posição líquida comprada em milho na semana até 25 de março, de 104.430 para 73.920 lotes, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (USDA).