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01/Apr/2025

Preços domésticos sustentados pela boa demanda

Segundo relatório trimestral do Rabobank, divulgado nesta segunda-feira (31/03), os preços do milho no mercado interno subiram 42% nos últimos 12 meses, mesmo período em que as cotações do cereal na Bolsa de Chicago avançaram 5%. A alta está associada à demanda fortalecida por parte dos consumidores locais. Esse crescimento é atribuído tanto ao incremento do setor de suínos e aves, que atualmente responde por 75% do consumo de milho para ração animal, quanto ao aumento da produção de etanol a partir do milho. A previsão para o consumo total de milho é de 91 milhões de toneladas em 2024/2025, 5 milhões de toneladas a mais do que na safra anterior.

Os preços mais altos contribuíram, ainda, para uma melhora nas margens dos produtores. Incertezas relacionadas à produção na América do Sul podem manter as cotações em níveis elevados, embora o avanço da área plantada com o cereal nos Estados Unidos possa vir a ser um fator de pressão no segundo semestre. Os produtores têm aproveitado os excelentes preços do milho e avançado na comercialização e precificação do milho para a safra 2024/2025, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) de que a comercialização da safra atual havia alcançado 38%, 18% acima do ano passado, mas ainda 11% abaixo da média dos últimos cinco anos.

Em relação ao consumo externo, o Rabobank espera uma queda nas exportações de 3 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas. Ainda assim, a desvalorização cambial favoreceu os embarques nos primeiros dois meses do ano, que chegaram a 4,5 milhões de toneladas. No entanto, para a safra 2025/2026, dado o atual contexto geopolítico, a área destinada ao milho nos Estados Unidos deverá ser maior, em detrimento da área destinada à soja. Diante deste cenário, a perspectiva é de que os Estados Unidos exportem mais no período e de que, junto com a Argentina, possam compensar as reduções do produto brasileiro.

No que diz respeito ao desenvolvimento da 2ª safra de 2205, o atraso na colheita da soja afetou o seu plantio, feito fora da janela ideal. Dessa forma, as chuvas em abril serão determinantes para que o cereal apresente boa produtividade. A produção total da safra 2024/2025 está prevista em 126 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas a mais ante a temporada anterior. Quanto aos estoques globais, a expectativa é de que eles caiam 8% no fim da temporada. Os estoques do Brasil devem ter um comportamento parecido, de leves baixas ante 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.