26/Mar/2025
Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o milho disponível em Mato Grosso alcançou na última semana seu maior valor em 2025, negociado a R$ 71,73 por saca de 60 Kg no dia 21 de março. A média semanal ficou em R$ 71,26 por saca de 60 Kg, patamar que não era registrado desde junho de 2022, ainda no contexto da pandemia. A alta reflete a combinação de menor oferta no Estado e demanda aquecida, o que tem sustentado as cotações no início do ano. Em relação à mesma semana de 2024, a alta acumulada no preço é de 109,01%. O período de entressafra no Estado deve continuar limitando a disponibilidade do grão, contribuindo para manter os preços firmes nas próximas semanas.
Apesar da valorização, o custo de produção do milho 2ª safra de 2026 recuou em março. O custo operacional efetivo (COE) caiu 0,85% em relação a fevereiro, para R$ 4.605,77 por hectare, puxado por menores gastos com sementes, mão de obra e fertilizantes. O custo total (CT), que inclui o custo de oportunidade, foi projetado em R$ 6.463,97 por hectare, queda de 0,74% no mesmo intervalo. Com base no preço médio de R$ 41,82 por saca de 60 Kg em fevereiro, o produtor precisa atingir uma produtividade mínima de 110,12 sacas de 60 Kg por hectare para cobrir as despesas com o COE.
A projeção atual do Imea para a safra 2024/2025 indica produtividade de 111,72 sacas de 60 Kg por hectare, dentro da média histórica para o Estado. A comercialização da safra 2023/2024 chegou a 98% em março. Para a safra atual (2024/2025), 37,57% já foram negociados. A safra 2025/2026, por sua vez, começou a ser vendida, com 0,51% comercializado. No campo, a semeadura do milho em Mato Grosso está praticamente concluída, com 99,94% da área prevista já plantada até 21 de março. Ao mesmo tempo, o recuo nos custos logísticos também tem favorecido os produtores: o frete de grãos entre Sorriso e Miritituba (PA) caiu 19,3% na comparação semanal, para R$ 285,00 por tonelada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.