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24/Mar/2025

Futuros do milho em baixa com disputas tarifárias

Os futuros de milho fecharam em queda na sexta-feira (21/03) na Bolsa de Chicago. Traders mantiveram uma postura cautelosa diante dos riscos de escalada nas disputas tarifárias. A situação pode se agravar no dia 2 de abril, se os Estados Unidos realmente implementarem tarifa de 25% contra produtos do México e Canadá. O México é o principal importador de milho dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o maior comprador de etanol norte-americano. O vencimento maio do grão recuou 4,75 cents (1,01%), e fechou a US$ 4,64 por bushel. Na semana passada, subiu 1,25%.

A expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projete uma área semeada maior no país também pesou sobre os contratos. A agência publica no dia 31 de março seu relatório de intenção de plantio. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil, foi outro fator baixista para os preços. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou em 500 mil hectares sua estimativa para a área semeada com milho na Argentina na temporada 2024/2025, para 7,1 milhões de hectares.

A estimativa de produção, no entanto, foi mantida em 49 milhões de toneladas, já que o aumento da área foi compensado pela redução do potencial produtivo em algumas regiões. As vendas externas dos Estados Unidos seguem robustas, o que limitou as perdas. O USDA informou que 1,5 milhão de toneladas de milho da safra 2024/2025 foram vendidas na semana encerrada em 13 de março. O volume representa alta de 55% em relação à semana anterior e de 45% na comparação com a média das últimas quatro semanas. As vendas ficaram mais próximas do teto das estimativas de analistas.