18/Mar/2025

Os futuros do milho fecharam em alta nesta segunda-feira (17/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O recuo do dólar ante o Real e a alta do petróleo também deram suporte aos preços. O enfraquecimento da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

O vencimento maio do grão subiu 2,50 cents (0,55%), e fechou a US$ 4,61 por bushel. Incertezas tarifárias impediram uma alta mais acentuada dos preços. China e União Europeia já anunciaram tarifas retaliatórias de 15% e 25%, respectivamente, sobre o grão norte-americano. A situação pode se agravar em 2 de abril, se os Estados Unidos realmente implementarem tarifa de 25% contra produtos do México e do Canadá. O México é o principal importador de milho dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o maior comprador de etanol norte-americano. O avanço do plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil também limitou os ganhos.

A AgRural informou que 97% da área estimada para 2ª safra de milho de 2025 no Centro-Sul do País tinha sido semeada até o dia 13 de março. Na semana passada, chuvas muito bem-vindas atingiram o Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, Estados em que as lavouras já vinham sentindo a falta de umidade. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,66 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana até 13 de março, queda de 10% ante a semana anterior.