14/Mar/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira (13/03) na Bolsa de Chicago, refletindo um corte na estimativa para a produção da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu sua previsão de 46 milhões de toneladas para 44,5 milhões de toneladas. O milho tardio passou grande parte da floração sob uma intensa onda de calor na região pampeana, e o alívio chegou tarde para o centro e o norte do país. As chuvas recentes melhoraram a condição das lavouras que ainda estão em estágios críticos, mas o potencial produtivo ficou limitado pela falta de água durante a floração.
O vencimento maio do grão subiu 4,50 cents (0,98%), e fechou a US$ 4,65 por bushel. O déficit de umidade em boa parte das regiões produtoras dos Estados Unidos, a menos de um mês do início do plantio, também contribuiu para a alta dos preços. Os ganhos foram limitados por tarifas retaliatórias da China e da União Europeia sobre o grão norte-americano, e pela possibilidade de escalada das disputas entre os Estados Unidos e alguns de seus principais parceiros comerciais nas próximas semanas. Segundo a StoneX, os desdobramentos das disputas relacionadas a tarifas continuam sendo um risco para a manutenção da alta dos grãos.
Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 967,3 mil toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 6 de março. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 13,4 mil toneladas. Quanto ao Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa de produção em cerca de 760 mil toneladas, para 122,76 milhões de toneladas.