13/Mar/2025
Segundo o Citi, a indústria de etanol de milho no Brasil segue em forte expansão e pode alcançar uma produção de aproximadamente 16 bilhões de litros em 2032/2033. O crescimento é impulsionado principalmente pela concentração de investimentos na Região Centro-Oeste, onde está a maior parte da produção nacional de milho. As projeções indicam que a produção de etanol de milho no Brasil deve crescer dos 6,3 bilhões de litros registrados em 2023/2024 para 8,3 bilhões de litros em 2024/2025. O Brasil, terceiro maior produtor global de milho, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, tem ampliado o uso do grão para fabricação de etanol, consolidando uma nova fonte de energia renovável. Há atualmente 22 usinas dedicadas ao etanol de milho em operação, com outras 12 em construção e 9 autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A competitividade do etanol de milho decorre da maior facilidade de armazenamento do grão e dos custos logísticos reduzidos em comparação à cana-de-açúcar, além de oferecer estabilidade ao mercado durante a entressafra da cana-de-açúcar. O relatório destaca ainda o potencial dos coprodutos da indústria, como os grãos secos de destilaria (DDG), que se tornaram uma alternativa nutricionalmente rica para a alimentação animal e podem conquistar espaço na exportação, especialmente para países vizinhos com sistemas de confinamento em expansão. O óleo de milho e a captura de carbono também são apontados como componentes essenciais para a rentabilidade do setor. O DDG pode representar até 22% do milho destinado à ração animal até 2040/2041, ante os atuais 10%.
O avanço do etanol de milho sobre o mercado nacional deve ainda impulsionar as exportações de etanol de cana-de-açúcar. O milho pode equilibrar o mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta consistente, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol do Centro-Sul do Brasil em 2024/2025 deverá encerrar a temporada em março em um novo recorde histórico, apesar de uma queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho sustentando a oferta da matéria-prima para a fabricação do biocombustível. Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que produção de etanol de milho nesta temporada excedesse as previsões em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para cerca de 8,2 bilhões de litros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.