11/Mar/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (10/03) na Bolsa de Chicago. Os ganhos ainda são sustentados pelo alívio temporário nas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos do México e do Canadá, seus principais mercados para o milho e para o etanol, respectivamente. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com o grão. O vencimento maio do cereal subiu 2,75 cents (0,59%), e fechou a US$ 4,72 por bushel. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos e um novo anúncio de venda avulsa do grão norte-americano também deram suporte aos preços.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,82 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 6 de março, alta de 34,54% ante a semana anterior. Além disso, exportadores relataram venda de 126 mil toneladas de milho para o Japão, com entrega no ano comercial 2024/2025. Um movimento de cobertura de posições vendidas contribuiu para os ganhos. Na semana encerrada em 4 de março, fundos reduziram sua posição líquida comprada em milho em 38%, de 333.843 para 206.844 lotes, segundo dados da CFTC.
Isso pode ter desencadeado recompras de contratos nesta segunda-feira (10/03). A entrada em vigor de uma tarifa chinesa de 15% sobre o milho norte-americano impediu uma alta mais acentuada dos preços. Também limitou os ganhos o ritmo mais acelerado de plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil. Segundo a AgRural, a semeadura alcançava no dia 6 de março 92% da área estimada para o Centro-Sul do País, em comparação com 80% uma semana antes e 93% em igual período do ano passado.