10/Mar/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (07/03) na Bolsa de Chicago, com um alívio nas tarifas dos Estados Unidos contra o México e o Canadá. Segundo decisão anunciada na quinta-feira (06/03), produtos mexicanos e canadenses em conformidade com o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) estarão isentos de tarifas até 2 de abril. O México é o principal importador de milho norte-americano, e uma retaliação tarifária poderia afetar essa demanda.
O vencimento maio do grão subiu 5,25 cents (1,13%), e fechou a US$ 4,69 por bushel. Na semana passada, ficou praticamente estável. O avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte aos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A estiagem em boa parte das áreas de cultivo dos Estados Unidos foi outro fator altista para as cotações.
De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, 60% da área normalmente destinada ao milho no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, em comparação a 56% na semana anterior e 33% um ano atrás. A perspectiva de aumento dos embarques brasileiros impediu uma alta mais acentuada dos preços. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá exportar 337,6 mil toneladas de milho em março, alta de 140,2% em relação a março do ano passado. Na comparação com fevereiro deste ano, porém, a estimativa representa queda de 73,8%.