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10/Mar/2025

Importação pode travar vendas e pressionar margens

Segundo a Hedgepoint, a isenção da alíquota de importação do milho pode travar ainda mais a comercialização da safra nacional e pressionar as margens dos produtores brasileiros. Caso o milho da Argentina, Paraguai e até dos Estados Unidos tenha competitividade no Brasil, a oferta pode aumentar, segurando preços e dificultando as vendas dos agricultores locais. Se os preços começarem a recuar muito, naturalmente o produtor vai tender a segurar um pouco mais as vendas no mercado interno ou para exportação. Se esse milho importado entrar a um preço competitivo, pode pressionar o preço interno e travar as vendas dos produtores brasileiros. A decisão do governo federal zerou a alíquota de importação do cereal, que antes era de 7,2%, como parte do pacote para tentar conter a inflação dos alimentos.

No entanto, o impacto dependerá do volume e da competitividade do milho importado. O que resta saber é se isso vai surtir efeito, se de fato o milho desses outros países vai ter competitividade para competir com o milho brasileiro. Apesar das perdas na produção em 2024, o Brasil não tem um problema estrutural de oferta. Em contrapartida, o aumento do consumo interno para a fabricação de etanol de milho pode ajudar a compensar o crescimento da oferta. A previsão é de um crescimento de mais ou menos 20% no consumo de milho para etanol neste ano. A dinâmica dos preços e das exportações nos próximos meses será crucial para o setor. Se o milho importado entrar a um preço competitivo, pode pressionar o mercado, mas se tiver uma 2ª safra com problemas climáticos, isso pode equilibrar o quadro de oferta e demanda no País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.