26/Feb/2025
Os futuros de milho fecharam em queda nesta terça-feira (25/02) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado por um sentimento de aversão a risco, diante da possibilidade de que tarifas dos Estados Unidos sobre produtos do México e do Canadá entrem em vigor na próxima semana. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que as tarifas devem ser implementadas conforme o previsto. O México é o maior comprador de milho dos Estados Unidos, e uma retaliação tarifária pode afetar essa demanda.
O vencimento maio do grão recuou 2,75 cents (0,55%), e fechou a US$ 4,94 por bushel. O desempenho também refletiu a perspectiva de uma área semeada maior nos Estados Unidos. Em seu Fórum de Perspectivas Agrícolas, que começa nesta quinta-feira (27/02), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve estimar a área de milho em 38,24 milhões de hectares, um aumento de 4,2% ante o ciclo anterior, segundo o CoBank.
O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, foi outro fator baixista para os preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Chuvas nesta semana em regiões de cultivo da Argentina e o ritmo mais acelerado do plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil também pesaram sobre os contratos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura da 2ª safra de 2025 alcançava no dia 23 de fevereiro 53,6% da área prevista, ante 35,7% na semana anterior e 59% em igual período de 2024.