ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Feb/2025

BIOMA: bactéria aumenta produtividade do milho

A Bioma, de insumos agrícolas, acaba de conseguir uma licença do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para lançar, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), um ativo biológico para aumentar em até 28% a produtividade das lavouras de milho. O registro é para comercializar uma nova cepa da bactéria Azospirillum brasilense, microrganismo fixador de nitrogênio por meio da Bioma. Ela é a primeira empresa a receber o registro do Ministério do Mapa para a distribuição comercial do produto batizado de ‘Bioma Mais Energy’ no milho. A metodologia desenvolvida é de inoculação nitrogenada com bactérias fixadoras de nitrogênio permite que o amônio seja produzido nas raízes, melhorando a produtividade e vitalidade das plantas.

A pesquisa levou 35 anos e começou com dezenas de pesquisadores da UFPR. A instituição fez a parceria com a empresa para que a tecnologia pudesse escalar comercialmente. Do lado da empresa, houve trabalho com a formulação da nova estirpe (HM053) para que o produto oferecesse maior resistência, concentração e viabilidade de células, resultando em um produto de alta performance. Essa é a solução mais inovadora e relevante na última década no caso da cultura do milho. Em trabalho publicado na revista científica Plant Soil, o grupo de pesquisa, juntamente com colaboradores de outras universidades, observou que o HM053 gerou ganhos de produtividade de até 28%, mantendo uma média de 14,1% de incremento.

Quando confrontada com uma cepa tradicional, o ganho desta ficou em 7%, isso mostra o potencial do novo isolado. Estima-se que os agricultores brasileiros já utilizam o inoculante das cepas tradicionais em aproximadamente 8,4 milhões de hectares, o equivalente a 40% da área total de milho plantada no País. A Bioma afirmou também que a nova solução pode ser combinada com outros fertilizantes. O produto pode ganhar escala global no futuro. Embora o nitrogênio (N2) constitua 78% dos gases atmosféricos, nenhum animal ou planta consegue utilizá-lo como nutriente, diferentemente das bactérias. Por isso, esses microrganismos são tão importantes para o campo: eles transformam a molécula de nitrogênio em amônio, composto que pode ser aproveitado pelas plantas. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.