21/Feb/2025

Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (20/020 na Bolsa de Chicago. O vencimento maio do cereal ganhou 0,50 cent (0,10%), e fechou a US$ 5,12 por bushel. O desempenho refletiu em parte a queda do dólar ante o Real e o fortalecimento do petróleo. O recuo da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A boa demanda pelo grão norte-americano continua dando suporte aos preços.

Segundo a Bloomberg, a indústria de ração animal da Tailândia está se preparando para comprar cerca de US$ 2,8 bilhões em commodities agrícolas dos Estados Unidos anualmente, em vez de comprar de outros fornecedores. A iniciativa faz parte dos esforços do país para reduzir seu superávit comercial de US$ 35 bilhões com os Estados Unidos e evitar possíveis tarifas sobre suas próprias exportações. Atrasos no plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil e a expectativa de uma nova onda de calor na Argentina foram outros fatores altistas para as cotações.

O site Soybean & Corn Advisor reduziu sua previsão para a safra argentina de 47 milhões de toneladas para 46 milhões de toneladas, por causa das chuvas irregulares e altas temperaturas no país. Esses fatores foram contrabalançados pela expectativa de uma grande área plantada com milho nos Estados Unidos este ano. Dados de estoque de etanol nos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos. De acordo com a Administração de Informação de Energia do país, os estoques do biocombustível subiram 1,95% na semana até 14 de fevereiro, para 26,2 milhões de barris.