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20/Feb/2025

Preço sustentado pelo atraso no plantio da 2ª safra

O mercado de milho opera com preços sustentados, apoiado pelo atraso no plantio da 2ª safra de 2025 e pela forte demanda internacional. Os produtores aproveitam as cotações favoráveis para desovar estoques. Os maiores atrasos no plantio estão concentrados em Mato Grosso e Goiás, principais Estados produtores. O atraso no plantio tem sido precificado na B3 na forma de um prêmio de risco climático, devido às incertezas sobre a qualidade das lavouras que serão plantadas fora da janela ideal. Há preocupação sobre como ficarão as condições dos plantios nas fases de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. No mercado internacional, as cotações seguem bem sustentadas na Bolsa de Chicago, impulsionadas pelo forte ritmo das exportações norte-americanas e pelo clima adverso na Argentina. No mercado interno, a queda do dólar está influenciando na formação de preços.

No Paraná, na região de Cascavel, a indicação no mercado spot de milho é de R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. As negociações estão ganhando mais ritmo conforme os preços avançam, com a demanda crescente das indústrias de ração, de compradores de pequeno a grande porte. Todos precisam fazer estoque para chegar na 2ª safra de 2025. Para 2ª safra de 2025, a indicação de compra está entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB e entre R$ 73,00 e R$ 74,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega e pagamento entre agosto e setembro.

Em Mato Grosso, na região de Rondonópolis, a oferta é limitada. No disponível, a indicação de compra é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. A procura é bem maior do que a oferta, mas o produtor está retraído. Para 2ª safra de 2025, os negócios seguem travados. Os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento em setembro. Os vendedores indicam entre R$ 52,00 e R$ 53,00 por saca de 60 Kg, mas os compradores ainda não chegam a esse patamar. A região registra atraso significativo no plantio da 2ª safra de 2025, o que deixa produtores mais cautelosos em relação às vendas antecipadas.