20/Feb/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (19/02) na Bolsa de Chicago, revertendo ganhos iniciais. O mercado passou por realização de lucros após ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado valorização de 3,56% no período. A commodity também foi pressionada por temores de que os altos preços do cereal comecem a afetar a demanda. O vencimento maio do grão perdeu 3,50 cents (0,68%), e fechou a US$ 5,12 por bushel. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil, também pesou sobre os contratos.
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá embarcar 1,284 milhão de toneladas de milho em fevereiro. A boa demanda pelo grão norte-americano limitou as perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,611 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana até 13 de fevereiro, alta de 18,9% ante a semana anterior. Na Argentina, o mercado acompanha de perto as previsões que indicam o retorno das altas temperaturas no fim de semana nas áreas agrícolas, onde o milho já perdeu parte do seu potencial de rendimento.
O site Soybean & Corn Advisor, reduziu sua previsão para a safra de milho da Argentina de 47 milhões de toneladas para 46 milhões de toneladas, por causa das chuvas irregulares e altas temperaturas no país. Para o Brasil, foi mantida a estimativa de produção em 123 milhões de toneladas. Atrasos no plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil também impediram uma queda mais expressiva das cotações. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura alcançava no dia 16 de fevereiro 35,7% da área total prevista, avanço de 16,9% ante a semana anterior. Na comparação com igual período de 2023/2024, há atraso de 9,6%.