17/Feb/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O enfraquecimento do dólar ante o real, que tende a desestimular as vendas externas do Brasil, foi outro fator altista para os preços. O vencimento maio do cereal ganhou 2,75 cents (0,54%), para US$ 5,0875 por bushel. Na semana, subiu 1,65%. Uma menor estimativa para a safra da Argentina contribuiu para os ganhos. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu sua projeção de 48 milhões para 46 milhões de toneladas.
O novo volume representa queda de 12,4% ante a colheita do ciclo anterior, de 52,5 milhões de toneladas. O cultivo continua gerando preocupações. Nas lavouras mais precoces, especialmente aquelas semeadas em outubro, o calor e a falta de água tiveram forte impacto nos dias críticos, resultando em espigas muito pequenas. O mercado também foi impulsionado pela forte demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta sexta que exportadores do país relataram venda de 100 mil toneladas de milho para a Colômbia, com entrega no ano comercial 2024/25. Ontem, o USDA informou que exportadores venderam 2 milhões de toneladas de milho na semana até 6 de fevereiro, enquanto analistas esperavam no máximo 1,7 milhão de toneladas.
A expectativa de que o governo norte-americano imponha uma tarifa recíproca ao etanol brasileiro também deu suporte aos preços. Além disso, membros da Câmara dos Representantes e do Senado dos EUA apresentaram ontem um projeto de lei bipartidário que permitiria a venda de E15 (gasolina com mistura de 15% de etanol) durante todo o ano no país. A E15 atualmente é proibida entre 1º de junho e 15 de setembro por temores de que contribua para aumentar a poluição em dias quentes. Nos EUA, o etanol é feito principalmente com milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.