13/Feb/2025
O sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, previu preços sustentados do milho no mercado interno, reflexo da demanda aquecida. A consultoria estima demanda potencial de 141 milhões de toneladas - 86,4 milhões de toneladas para o mercado interno e 54,6 milhões de toneladas para exportação. Segundo ele, os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago refletem o aumento da demanda também em outros países. O contrato para março negociado na bolsa norte-americana - que fechou hoje a US$ 4,84 o bushel - supera a média dos últimos dez anos, de US$ 4,49 por bushel, destaca o analista.
Em coletiva para comentar a safra de grãos deste ano, Cogo citou o fato de que o atual ano-safra começou com estoques 66,9% menores em 2024/25, de 2,342 milhões de toneladas, ante as 7,068 milhões de toneladas de 2023/24. Os estoques finais devem ser, conforme o analista, 5,9% mais baixos, de 2,203 milhões de toneladas. Por trás desses números está a demanda das usinas de etanol de milho no Brasil. Para Cogo, esses produtores devem consumir 22,4% mais milho em 2025, só abaixo da demanda da avicultura, prevista em 32,6%.
"Nós estamos acreditando em 3% de aumento de produção de carne suína e de 3% na produção de carne de frango, com 4% a 5% aumento de exportação de carne suína e o mesmo nível de importação de frango.” Até 2035, a consultoria prevê investimentos de até R$ 20 bilhões em etanol de milho, com uma demanda que deve crescer para 35% nos próximos 10 anos, com produção de grãos secos de destilaria (DDG), subproduto do biocombustível, de 16,8 milhões de toneladas e expansão das exportações brasileiras.
Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.