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05/Feb/2025

Etanol de Milho: setor eleva demanda pelo cereal

Segundo a XP Research, o aumento da demanda do setor de etanol de milho no Brasil pode pressionar a oferta disponível do cereal para exportação nos próximos anos. O consumo de grãos pelo setor passará de 18 milhões de toneladas em 2024 para 37 milhões de toneladas em 2028, absorvendo 4,5 milhões de toneladas por ano entre milho, trigo e sorgo. Para manter os atuais níveis de exportação, a produção de milho precisaria crescer cerca de 4% ao ano, ritmo superior ao crescimento médio de 3,75% ao ano registrado na última década. No curto prazo, essa expansão pode ser vista como um fator limitante para os embarques do cereal, já que parte da safra será destinada ao mercado interno para atender à demanda crescente das usinas de etanol.

No entanto, a expansão do setor pode trazer benefícios estruturais a longo prazo. A demanda maior tem sustentado os preços e incentivado a ampliação da área plantada de milho, favorecendo o crescimento da produção. Além disso, a fabricação de grãos secos de destilaria (DDG), subproduto do etanol de milho, tem impulsionado a produção pecuária em modelo de semi-confinamento, liberando mais terras para a rotação de culturas e beneficiando o aumento da área de soja e milho 2ª safra. O DDG está se consolidando como um novo mercado de exportação, uma vez que sua produção já supera o consumo doméstico. Apesar do ritmo acelerado de crescimento do setor, há sinais de desaceleração na construção de novas usinas e atrasos em projetos de expansão, reflexo de restrições financeiras, ajustes de margem e mudanças estratégicas das empresas envolvidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.