03/Feb/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (31/01) na Bolsa de Chicago, após o anúncio de que os Estados Unidos vão aplicar, a partir de sábado (1º/02) tarifa de 25% sobre produtos do México e canadenses e de 10% sobre bens da China. O México é o maior comprador de milho norte-americano e adquiriu 22,6 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O vencimento março do grão recuou 8,25 cents (1,68%), e fechou a US$ 4,82 por bushel. Na semana passada, perdeu 0,92%. Embora um conflito comercial com tarifas cruzadas não impeça o fluxo de grãos dos Estados Unidos para o México, uma retaliação do lado mexicano poderia afetar em algum grau o comércio e colocar o México na busca por fornecedores diversificados, algo que só seria alcançado com a oferta da América do Sul.

A AgResource observou, porém, que pode ser difícil para o México obter milho de outras fontes, já que substituir o grande volume importado dos Estados Unidos impõe desafios logísticos. As perdas foram limitadas por preocupações com o clima seco na Argentina e atrasos no plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra de milho na Argentina em condição entre normal e excelente passou de 80% para 78% na última semana. Houve leve piora apesar de chuvas de intensidade variável em algumas áreas de cultivo.