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03/Feb/2025

Mudanças climáticas já inviabilizam milho 2ª safra

De acordo com a Embrapa, a diminuição da janela de plantio para a 2ª safra de milho é uma realidade em diversas regiões do Brasil, especialmente como consequência das mudanças climáticas. Essas transformações têm afetado diretamente a viabilidade econômica da cultura. No total, 265 municípios não possuem mais uma janela viável para a 2ª safra. Em 2023, essas localidades produziram milho 2ª safra em pouco mais de 1 milhão de hectares.

O encurtamento das janelas de plantio é uma das consequências diretas do aquecimento global e da mudança nos padrões climáticos. As regiões afetadas, como Goiás e o Nordeste, já enfrentam um encurtamento dos períodos de risco controlado, afetando diretamente a produção agrícola. Catalão (GO), com 13 mil hectares de milho 2ª safra, encontra dificuldade para cultivo dentro dos parâmetros de risco do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Isso implica que áreas que antes eram viáveis para a implantação da soja e, em seguida, do milho, agora não conseguem mais plantar dentro da janela de risco aceitável. Esse cenário reforça o impacto das mudanças climáticas nas produções agrícolas.

A expansão da região semiárida no Brasil, que cresce a uma taxa de 750 mil hectares por ano, é um reflexo claro dessa alteração climática. Além disso, as alterações nas temperaturas e a redução das chuvas já impactam a produtividade em diversas regiões, exigindo adaptações nas estratégias de plantio. Outro estudo revelou que regiões que antes eram viáveis para a produção estão sendo gradativamente afetadas pela redução da precipitação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.