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30/Jan/2025

Futuros do milho sobem com boas vendas dos EUA

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (29/01) na Bolsa de Chicago, acima dos US$ 4,90 por bushel. Uma oferta mais apertada do que o esperado nos Estados Unidos, a forte demanda pelo grão norte-americano e uma enorme posição comprada de fundos vêm impulsionando as cotações. O vencimento março do grão subiu 11,75 cents (2,42%), e fechou a US$ 4,97 por bushel. Somente em janeiro, o cereal acumula ganho de mais de 8%. Os negócios também foram influenciados por atrasos no plantio da 2ª safra de milho de 2025 no Brasil. A semeadura alcançou na última semana 1,4% da área prevista, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em comparação com 0,5% na semana anterior e 10,3% no período correspondente de 2024.

Normalmente, há uma longa janela de plantio para o milho 2ª safra no Brasil, mas ninguém quer ver um terço ou mais da safra semeado fora da janela, e neste momento o ritmo está apontando para isso. Preocupações com a safra da Argentina também deram suporte aos preços. Segundo a StoneX, a produção argentina pode ficar entre 48 milhões e 49 milhões de toneladas, abaixo das 51 milhões de toneladas projetadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em janeiro. O milho precoce já apresenta perdas significativas em cerca de 20% da área. O milho tardio, semeado em dezembro, está em situação delicada e depende urgentemente de chuvas.

O potencial de alta do milho, no entanto, pode ser limitado. Do ponto de vista técnico, há uma resistência logo abaixo de US$ 5,00 por bushel, seguida por US$ 5,10 por bushel, possivelmente indicando alguma consolidação e talvez uma pequena correção. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos foram neutros para o milho. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 1,015 milhão de barris por dia na semana encerrada em 24 de janeiro, queda de 7,64% ante a semana anterior. Os estoques diminuíram 0,77%, para 25,7 milhões de barris, no piso das estimativas do mercado.