29/Jan/2025

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (28/01) na Bolsa de Chicago, refletindo as boas vendas externas dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de milho para a Coreia do Sul, com entrega no ano comercial 2024/2025. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas do Brasil, também deu suporte às cotações. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá embarcar 3,35 milhões de toneladas de milho em janeiro. O vencimento março do grão subiu 3,25 cents (0,67%), e fechou a US$ 4,85 por bushel. Os negócios também foram influenciados por atrasos no plantio da 2ª safra de milho de 2025 no Brasil.

A semeadura alcançou na última semana 1,4% da área prevista, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em comparação a 0,5% na semana anterior e 10,3% no período correspondente de 2024. Preocupações com a safra da Argentina foram outro fator altista para os preços, apesar de chuvas favoráveis no país nos últimos dias. Segundo a StoneX, a produção pode ficar entre 48 milhões e 49 milhões de toneladas, abaixo das 51 milhões de toneladas projetadas pelo USDA em janeiro. O milho precoce já apresenta perdas significativas em cerca de 20% da área. O milho tardio, semeado em dezembro, está em situação delicada e depende urgentemente de chuvas. A forte aposta de fundos na alta dos preços, no entanto, deve levar a uma liquidação de posições compradas. A posição líquida comprada dos fundos está se aproximando de níveis recordes.