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27/Jan/2025

Futuros do milho recuam com realização de lucros

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (24/01) na Bolsa de Chicago. Traders embolsaram lucros após os preços terem atingido na semana passada o maior nível desde outubro de 2023. A redução do imposto de exportação na Argentina foi outro fator de pressão para as cotações. Para o milho, a alíquota passou de 12% para 9,5%. O vencimento março do grão perdeu 3,25 cents (0,66%), e fechou a US$ 4,86 por bushel. Na semana passada, ganhou 0,46%. A expectativa de uma área maior de milho nos Estados Unidos neste ano também pesou sobre os contratos. A área de milho pode seguir a tendência dos preços futuros, que estão subindo. Neste momento, a média das estimativas para a área de milho nesta primavera está entre 37,4 milhões e 38 milhões de hectares, mas já há previsão de até 38,45 milhões de hectares para o milho.

Em seu relatório de oferta e demanda de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a área semeada em 2024/2025 em 36,66 milhões de hectares. O mercado foi pressionado ainda por uma menor estimativa de importações chinesas. A representação do USDA em Pequim elevou em 1,9 milhão de toneladas sua estimativa para a produção na China em 2024/2025, para 294,9 milhões de toneladas. A projeção de importações foi cortada de 20 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas. Uma menor previsão de safra na Argentina impediu uma queda mais acentuada dos preços. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa em 1 milhão de toneladas, para 49 milhões.

A falta de chuvas e as altas temperaturas registradas durante as últimas semanas de dezembro e no decorrer do mês de janeiro afetaram inicialmente a condição hídrica do solo e, consequentemente, a condição das lavouras de milho, limitando o potencial de rendimento. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram no teto das projeções do mercado e limitaram as perdas. Segundo o USDA, exportadores venderam 1,66 milhão de toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 16 de janeiro. O volume representa alta de 62% em relação à semana anterior e de 68% na comparação com a média das últimas quatro semanas. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 9,2 mil toneladas.