23/Jan/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (22/01) na Bolsa de Chicago, devolvendo todos os ganhos da véspera. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros, após os preços terem acumulado valorização de 3,27% nas duas sessões anteriores e alcançado o maior nível desde meados de outubro de 2023. Temores de que os Estados Unidos imponham tarifa de 25% sobre produtos mexicanos também influenciaram os negócios.
O México é o maior comprador de milho norte-americano e adquiriu 22,6 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O vencimento março do grão caiu 5,75 cents (1,17%), e fechou a US$ 4,84 por bushel. A queda foi limitada por chuvas insuficientes na Argentina e pelo ritmo mais lento de plantio da 2ª safra brasileira de 2025. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio da 2ª safra de 2025 estava 0,5% concluído, ante 5% no período correspondente do ano passado.
Como reflexo do atraso na colheita da soja, a semeadura em Mato Grosso estava em 0,7%, longe dos 8,9% registrados um ano antes. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas do Brasil, também impediu uma queda mais expressiva. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) prevê embarques brasileiros de 3,53 milhões de toneladas de milho em janeiro. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 136 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025.