22/Jan/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (21/01) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A boa demanda pelo milho norte-americano também continuou dando suporte às cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,54 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana encerrada em 16 de janeiro, alta de 6,88% ante a semana anterior.
O vencimento março do cereal ganhou 5,75 cents (1,19%), e fechou a US$ 4,90 por bushel. Chuvas insuficientes na Argentina e o ritmo lento de plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil foram outros fatores altistas para os preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o plantio da 2ª safra de milho de 2025 estava 0,5% concluído, ante 5% no período equivalente do ano passado. Como reflexo do atraso na colheita da soja, a semeadura em Mato Grosso estava em 0,7%, longe dos 8,9% registrados um ano antes.
O mercado também reagiu de forma otimista à possibilidade de liberação do uso de E15 (gasolina com mistura de 15% de etanol) durante todo o ano nos Estados Unidos. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. A E15 atualmente é proibida entre 1º de junho e 15 de setembro por temores de que contribua para aumentar a poluição em dias quentes. Na segunda-feira (20/01), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou texto indicando que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) poderia conceder autorizações de emergência para a venda de E15 durante o verão, para compensar eventuais reduções na oferta de gasolina.