17/Jan/2025
O mercado de milho deve manter sustentação no curto prazo, com perspectivas mais favoráveis que a soja. O suporte vem da combinação do dólar forte e menor pressão sazonal na entrada da safra de verão (1ª safra 2024/2024). O mercado de milho apresenta fundamentos sólidos no momento. O dólar acima de R$ 6,00 tem incentivado vendas antecipadas da 2ª safra de 2025. No curto prazo, a entrada da safra de verão (1ª safra 2024/2025) deve equilibrar a oferta.
No entanto, o impacto dessa colheita inicial sobre os preços tende a ser limitado devido à alta demanda interna e às exportações aquecidas. A liberação de espaço nos armazéns para a soja pode gerar alguma pressão temporária, mas a tendência é de preços sustentados ao longo do primeiro semestre. Mesmo com essa possível oferta adicional, o mercado interno continua bem ajustado com preços firmes nas próximas semanas. Outro fator relevante é o comportamento do clima, que se mantém favorável para o milho 2ª safra de 2025, com previsão de chuvas regulares nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste.
No Paraná, na região de Maringá, a oferta é limitada e poucos negócios são concluídos. A indicação para o milho disponível é de R$ 74,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em fevereiro e pagamento em 30 dias. No Porto de Paranaguá, a demanda por exportação mantém as indicações em R$ 78,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata. Apesar das indicações firmes, o mercado está pouco movimentado, com produtores reticentes em fechar negócios.
O volume disponível é pequeno, e a maioria dos produtores prefere esperar por preços mais altos. Com a colheita da safra de verão (1ª safra 2024/2025) prevista para ganhar ritmo no fim de janeiro, a expectativa é de que o mercado comece a apresentar maior liquidez nas próximas semanas. Para o milho 2ª safra de 2025, os negócios ocorrem de forma esporádica. As indicações giram em torno de R$ 73,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto. Há procura por contratos de longo prazo, mas a cautela predomina devido à incerteza climática.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o comércio do cereal disponível está travado há alguns dias. Os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias, sem interesse dos vendedores. Para 2ª safra de 2025, há registro e negócios a R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto. Apesar da realização desses contratos, os vendedores mantêm uma postura de cautela devido ao risco climático elevado. Os exportadores estão interessados em fechar contratos de longo prazo, mas o produtor segue reticente.