16/Jan/2025

O mercado brasileiro de milho deve seguir firme nas próximas semanas, sustentado pela demanda interna aquecida e oferta mais ajustada na safra de verão (1ª safra 2024/2025). O cenário é de demanda recorde no mercado interno, bom ritmo de exportações e a safra de verão (1ª safra 2024/2025) será menor que o esperado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a safra brasileira 2024/2025 em 119,6 milhões de toneladas, crescimento de 3,3% ante o ciclo anterior. É um volume possível, mas ainda insuficiente para atender toda a demanda interna e exportação. A safra de verão deve ficar bem abaixo das expectativas iniciais. Esperava-se 22 milhões de toneladas, mas agora dificilmente passará de 20 milhões de toneladas devido aos problemas climáticos. Para 2ª safra de 2025, apesar do potencial acima de 100 milhões de toneladas, há riscos climáticos. Quando chega abril, sempre vem a dúvida sobre as chuvas. A safra total deve ficar entre 110 e 115 milhões de toneladas.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, a procura interna diminuiu nas últimas semanas. As cotações para o milho disponível giram em torno de R$ 57,00 por saca de 60 Kg FOB, enquanto os vendedores resistem em aceitar menos de R$ 60,00 por saca de 60 Kg. A comercialização é pontual. Os vendedores estão cautelosos. Para 2ª safra de 2025, há registro de negócios entre R$ 48,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarques entre setembro e outubro. Os exportadores seguem interessados em contratos com prazos mais longos, mas o mercado doméstico segue lento. Os vendedores preferem aguardar uma maior clareza sobre o clima e o desenvolvimento das lavouras antes de assumirem novos compromissos. Embora haja expectativa de boa produtividade, a incerteza ainda domina o ambiente de negócios.

No Paraná, na região de Cascavel, o mercado de milho disponível também apresenta lentidão. Os compradores indicam R$ 73,00 por saca de 60 Kg FOB e R$ 75,00 por saca de 60 Kg CIF. A colheita da safra de milho de verão (1ª safra 2024/2025) deve se intensificar no fim de janeiro, mas a previsão de oferta é reduzida, devido às condições climáticas adversas nas últimas semanas. Embora os compradores estejam ativos, os produtores optam por adiar as vendas. Para 2ª safra de 2025, os compradores indicam entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, mas os vendedores seguem receosos diante do risco climático. Assim, o ritmo das negociações continua bastante lento.