15/Jan/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (14/01) na Bolsa de Chicago. Traders liquidaram posições compradas após dados terem mostrado que fundos de investimento continuavam apostando fortemente na alta dos preços do grão na semana encerrada em 7 de janeiro. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida compra desses agentes aumentou 8,85% no período, para 243.715 lotes, o maior nível desde 1º de novembro de 2022.

O vencimento março do cereal perdeu 2,00 cents (0,42%), e fechou a US$ 4,74 por bushel. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A expectativa de uma produção volumosa no Brasil foi outro fator baixista para os preços.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita total deve ser de 119,55 milhões de toneladas, o segundo maior volume já registrado e 3,3% superior ao da temporada anterior. Para a AgResource, a safra brasileira de milho 2024/2925 deve ser de 122,39 milhões de toneladas. As perdas foram limitadas por preocupações com o tempo seco na Argentina. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas do Brasil, também impediu uma queda mais expressiva das cotações.