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15/Jan/2025

Preços do milho firmes com os estoques reduzidos

O mercado brasileiro de milho inicia 2025 com preços sustentados, apoiados pela combinação de estoques ajustados, demanda aquecida dos setores de proteína animal e forte consumo para produção de etanol. O cenário positivo se mantém mesmo com a aproximação da colheita da safra de verão (1ª safra 2024/2025), tradicionalmente um período de pressão sobre as cotações. A oferta disponível para venda é mais curta, reflexo da redução da 2ª safra de 2024.

Os estoques de passagem não são grandes, o que deve manter a sustentação dos preços no Brasil. A safra de verão (1ª safra), por ser menor em comparação com a 2ª safra, não deve pressionar significativamente os preços. O mercado encontra suporte adicional no bom momento do setor pecuário. O boi gordo segue com patamares elevados, o que dá margem para o pecuarista poder consumir. O mesmo acontece com a suinocultura e a avicultura. Somado a isso, a produção de etanol de milho continua avançando, contribuindo para manter a demanda aquecida.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado de milho permanece com poucas operações. As indicações para o milho disponível estão entre R$ 62,00 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, mas sem volume expressivo de negócios. No caso do milho 2ª safra de 2025, as cotações estão na faixa de R$ 55,00 a R$ 56,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque previsto a partir de junho. O atraso na colheita da soja deve postergar o plantio da 2ª safra de 2025, deixando os produtores cautelosos quanto a comprometer volumes antecipadamente.

Em São Paulo, na região de Campinas, o mercado de milho está com oferta limitada e preços elevados. As poucas indicações de milho disponível giram em torno de R$ 75,00 e R$ 76,00 por saca de 60 Kg CIF Campinas. Para 2ª safra de 2025, as indicações de exportação estão entre R$ 73,00 e R$ 73,50 por saca de 60 Kg FOB Porto de Santos, para embarque em julho e agosto. O mercado continua travado, com vendedores e compradores em compasso de espera. Os compradores buscam garantir estoques, mas não querem ceder às pedidas mais altas, enquanto os vendedores não estão pressionados a negociar. A expectativa é que o mercado comece a ganhar ritmo nas próximas semanas.