13/Jan/2025
Os futuros de milho fecharam em alta expressiva na sexta-feira (10/01) na Bolsa de Chicago, após estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que vieram abaixo do esperado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, a agência reduziu sua estimativa de produção de milho nos Estados Unidos em 2024/2025 de 384,64 milhões de toneladas para 377,63 milhões de toneladas. O vencimento março do grão avançou 14,50 cents (3,18%), e fechou a US$ 4,70 por bushel. Os estoques de milho nos Estados Unidos ao fim de 2024/2025 foram projetados em 39,12 milhões de toneladas, em comparação a 44,15 milhões de toneladas em dezembro.
Os analistas esperavam um corte menor, para 42,62 milhões de toneladas. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte aos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Condições desfavoráveis em parte da Argentina foram outro fator altista para os preços. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que as lavouras de milho precoce da Argentina mantêm excelentes perspectivas de rendimento no leste da área agrícola. As áreas semeadas mais tarde apresentam estresse hídrico e perda de potencial produtivo, devido ao tempo quente e seco.
A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente era de 91% na última semana, em comparação a 96% na semana anterior. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos venderam 445 mil toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de janeiro. O volume, o menor registrado no ano comercial, representa recuo de 43% em relação à semana anterior e de 61% na comparação com a média das últimas quatro semanas. O total vendido ficou abaixo do piso das estimativas do mercado, de 600 mil toneladas.