ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Jan/2025

Preços do milho estão estáveis com baixa liquidez

O mercado interno de milho está em ritmo lento. Os vendedores estão receosos com o plantio da 2ª safra de 2025, que pode atrasar em virtude da colheita de soja e da elevada umidade no solo nas principais regiões produtoras. Com isso, os produtores apostam na potencial alta dos preços e evitam firmar contratos para entrega futura antes de ter uma melhor visão do quanto realmente será plantado na temporada. Os compradores, sobretudo indústrias locais, estão abastecidos no spot e esperam pela pressão de venda do cereal com a entrada da safra de soja.

A baixa liquidez mantém os preços praticamente inalterados no País, permanecendo também o desacordo quanto aos preços entre operadores. Os produtores mantêm o clima no centro das atenções, com previsões de fortes chuvas ao longo desta semana na Região Centro-Oeste, o que pode retardar a retirada da soja do campo e janela ideal da 2ª safra de 2025, e de manutenção de tempo quente e seco na Região Sul, o que pode ser prejudicial às lavouras da safra de verão (1ª safra 2024/2025).

No Paraná, na região de Cascavel, a comercialização de milho no spot está praticamente travada. Os compradores indicam entre R$ 68,00 e R$ 69,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em janeiro. Os produtores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg. Um dos entraves para novos acordos é o prazo. Os compradores pedem maior prazo para pagamento, enquanto os vendedores querem pagamento à vista. Entretanto, os valores à vista são abaixo do que pagamento a prazo e, com isso, não rodam negócios. A expectativa é que a partir desta semana as vendas fiquem um pouco mais intensas.

Parte dos produtores terá de se desfazer do cereal para entrada da safra de verão (1ª safra 2024/2025), o que faz os compradores aproveitarem as oportunidades para adquirirem novos lotes. Do lado da demanda, os exportadores estão pouco ativos no mercado, com preços abaixo do ofertado pelo mercado interno, pouco competitivos para venda. Para entrega futura, os compradores indicam R$ 64,50 por saca de 60 Kg, para entrega até 20 de fevereiro e pagamento em 24 de março. Para 2ª safra de 2025, a indicação de compra gira em torno de R$ 62,50 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em 30 de setembro. Os produtores estão receosos em fazer negócios futuros pela incerteza com o clima.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, granjas e fábricas de rações indicam entre R$ 57,00 e R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB no spot. Os vendedores que ainda têm cereal remanescente da 2ª safra de 2024 indicam R$ 62,00 por saca de 60 Kg. Os valores vêm se mantendo estáveis na região. Para 2ª safra de 2025, tradings indicam entre R$ 44,00 e R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para entrega em meados de julho e agosto. Há registro de negócios pontuais para o mercado interno por meio de cooperativas a R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para entrega julho e pagamento em agosto.