07/Jan/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (06/01) na Bolsa de Chicago, impulsionados por recompra de posições por traders. O vencimento março do grão avançou 7,00 cents (1,55%), e fechou a US$ 4,57 por bushel. Os contratos de milho refletiram movimento de ajustes de posições anterior à publicação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta-feira (10/01), apontou a StoneX. A liquidação do mercado de grãos de sexta-feira (03/01) pareceu um pouco dura e os preços se recuperaram. Há muito em jogo em termos de potenciais surpresas fundamentais na sexta-feira para fazer um grande movimento pré-USDA de qualquer maneira. O relatório do USDA de janeiro traz não apenas as revisões mensais usuais, mas a produção agrícola anual 'final' dos Estados Unidos, os principais estoques de grãos de 1º de dezembro e os plantios da safra de trigo de inverno, entre outros.
Investidores operam com cautela com o clima da América do Sul no radar e na expectativa do relatório mensal do USDA. Ainda há preocupações sobre o clima, especialmente na Argentina, com condições secas esperadas até a metade do mês, em seguida, melhores chances de chuva na última quinzena. Se confirmada a previsão, as condições podem afetar a produtividade das lavouras. O clima na Argentina e no Brasi, dados do uso de etanol, exportações de grãos dos Estados Unidos, expectativas para o relatório mensal do USDA, flutuações cambiais e políticas do novo governo são todos fatores que afetam os preços dos grãos. As condições climáticas secas e quentes em grandes áreas agrícolas da Argentina continuam direcionando o mercado, pois já afetam as condições das lavouras de milho plantadas precocemente, entre setembro e outubro. Se não for registrado aumento de umidade nos próximos dias, as plantas que já estão passando por períodos críticos poderão ver o seu potencial de rendimento diminuído.
Da mesma forma, se continuar, a atual falta de umidade nos Estados da Região Sul do Brasil poderá atingir diretamente a semeadura da 2ª safra de 2025, que deve avançar nas lavouras que serão liberadas pela colheita da soja e que atualmente apresentam déficit hídrico. A desvalorização do dólar no exterior, que torna as commodities cotadas na divisa norte-americana mais atraentes para importadores, e o fortalecimento do petróleo contribuíram para os ganhos do cereal. Os futuros do óleo bruto sobem nas bolsas internacionais, o que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente à base de milho. O menor volume de cereal norte-americano inspecionado para exportação limitou os ganhos do cereal. Na semana encerrada no dia 2 de janeiro, o volume de milho foi de 847.463 toneladas, queda de 6,6% ante a semana anterior, conforme dados do USDA. O volume é abaixo também do inspecionado há um ano antes, de 1,092 milhão de toneladas. No ano-safra, o acumulado é de 16,236 milhões de toneladas.