19/Dec/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (18/12) na Bolsa de Chicago, com o avanço do dólar ante o Real. Além de estimular as vendas externas do Brasil, a alta da moeda norte-americana pode incentivar produtores do País a aumentar a área da 2ª safra de 2025. As boas condições para o plantio e o desenvolvimento das lavouras na Argentina também influenciaram os negócios. O vencimento março do grão recuou 6,25 cents (1,41%), e fechou a US$ 4,37 por bushel.
Além disso, a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília elevou de 127 milhões de toneladas para 128 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de milho no Brasil em 2024/2025. A agência atribuiu o aumento ao recuo nos custos de produção e à alta dos preços do milho no Brasil nos últimos meses, que foi impulsionada pelos avanços nos preços internacionais e desvalorização do Real. O volume ainda é 4,9% superior ao projetado para 2023/2024, de 122 milhões de toneladas. As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol.
Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados de produção de etanol no país vieram acima do esperado e impediram uma queda mais acentuada dos preços. De acordo com a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 1,103 milhão de barris por dia na semana encerrada em 13 de dezembro, aumento de 2,32% ante a semana anterior. O USDA informou que exportadores do país relataram venda de 135 mil toneladas de milho para a Colômbia, com entrega no ano comercial 2024/2025.