12/Dec/2024
O mercado de milho no Brasil segue firme, sustentado por exportações aquecidas e pela resistência dos produtores em negociar abaixo de certos patamares. Mesmo com a proximidade do fim do ano, tradicionalmente marcado por menor atividade no setor de ração, as cotações continuam estáveis, com oferta limitada e foco nos embarques internacionais. No mercado físico, os preços refletem essa resistência dos vendedores.
No Paraná, na região de Cascavel, há registro de negócios pontuais a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em até 30 dias. Os compradores entendem que os produtores precisam liberar espaço para a soja, mas o equilíbrio entre oferta e demanda tem evitado quedas mais expressivas nos preços. Os vendedores tentam elevar as pedidas para R$ 73,00 por saca de 60 Kg ou até R$ 75,00 por saca de 60 Kg, mas os negócios nesses níveis ainda enfrentam resistência.
Em Mato Grosso, na região de Sorriso, o mercado apresenta menor movimentação, com negócios pontuais no disponível a R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata. A maior parte das demandas spot já foi atendida, e os produtores preferem aguardar por preços mais atrativos antes de retomar as vendas. Para 2ª safra de 2025, os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto, enquanto os vendedores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg, o que trava as negociações.
A expectativa para a safra 2024/2025 permanece positiva, com projeções de aumento de 3,5% na produção brasileira, totalizando 132,7 milhões de toneladas, desde que as condições climáticas se mantenham favoráveis. O mercado está focado na oferta da América Latina, que será essencial para atender à demanda global em 2025. Além disso, o cenário global segue acompanhando o comportamento da demanda chinesa, que vem demonstrando menor interesse pelo milho norte-americano. Essa mudança pode abrir oportunidades para o Brasil, mas é necessário manter a competitividade.