04/Dec/2024
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve queda nesta terça-feira (03/12), pressionados pelas condições climáticas favoráveis na América do Sul e pela firmeza do dólar em relação ao Real, o que tem estimulado a competitividade das exportações brasileiras. O vencimento março do cereal caiu 0,25 cent (0,06%), e fechou a US$ 4,32 por bushel. O milho encontra-se próximo da estabilidade com o mercado em um equilíbrio tênue. O milho chegou a operar em alta durante a sessão, mas virou para uma queda. O Brasil tem uma boa safra no horizonte e a preocupação com relação à janela de plantio do milho 2ª safra de 2025 acabou saindo do radar do mercado. A procura por sementes e defensivos tem sido forte, indicando uma possível ampliação da área para o milho 2ª safra de 2025.
As condições climáticas favoráveis na América do Sul estão pressionando o milho na Bolsa de Chicago, com chuvas mais regulares sobre as principais regiões produtoras da Argentina e do Brasil. O dólar mais forte contra o Real melhora a competitividade das exportações brasileiras, incentivando os produtores a liquidarem grãos para obter mais Reais. Além disso, o fato de a administração Joe Biden estar chegando ao fim sem definir as diretrizes para os novos créditos fiscais de fomento à produção de combustível de aviação sustentável (SAF) gerou incertezas entre representantes da indústria de biocombustíveis, especialmente com a aproximação do novo governo de Donald Trump, menos favorável ao apoio de energias limpas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o plantio da safra de verão (1ª safra 2024/2025) de milho no Brasil avançou para 65,10% da área prevista até o dia 1º de dezembro, em comparação com 58,70% da semana anterior e 60% em igual período do ano passado.
O bom ritmo de plantio e a perspectiva de uma oferta robusta têm impedido uma alta mais expressiva na Bolsa de Chicago. O trigo e o milho registraram poucas alterações, uma vez que o apoio inicial às compras diminuiu sob a pressão da abundante oferta global de cereais. A presença de uma oferta abundante no Brasil e o fortalecimento do dólar estão limitando os ganhos do milho. A oferta abundante mantém as cotações em Chicago sem forças para subir. Tem apoio do trigo, que operou em alta nesta terça-feira (03/12), mas é uma questão de equilíbrio no mercado, que está um pouco mais lento neste início de semana. O milho segue assim dentro de uma faixa estreita, com oferta abundante e demanda relativamente estável mantendo o mercado equilibrado.