26/Nov/2024

Os preços do milho, que vinham em alta desde agosto, perderam força na última semana em várias regiões do Brasil. A retração dos compradores, que até recentemente buscavam recompor estoques, tem sido determinante para esse movimento. O movimento reflete uma combinação de fatores sazonais, ajustes técnicos e a saída de prêmios de risco nos preços. A redução do ritmo das indústrias, que já realizaram a cobertura necessária, e a realização de lucros por parte de investidores eram esperadas.

Além disso, sai dos preços o prêmio de risco de atrasos no plantio da 2ª safra de 2025, dado o bom andamento da safra de verão (1ª safra 2024/2025). O mercado também observa com otimismo o avanço do plantio e as condições climáticas favoráveis, que podem incentivar os produtores a ampliarem a área semeada. Com boas relações de troca e preços atrativos no mercado disponível, os produtores já estão consultando a disponibilidade de sementes e fertilizantes para aumentar a área de milho 2ª safra. Além disso, no Brasil, as exportações de milho em novembro desaceleraram.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, o mercado está parado. As indicações se mantêm entre R$ 73,00 e R$ 74,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento curto. Os produtores estão retraídos. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2024/2025), os compradores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF fábrica, para entrega em março e pagamento em abril. Os vendedores, no entanto, indicam R$ 72,00 por saca de 60 Kg.

Em Mato Grosso, na região de Sinop, os compradores indicam R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. A região tem pouco cereal para ser comercializado e o mercado está travado há alguns dias. Para 2ª safra de 2025, tradings indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg FOB para exportação, para entrega julho e pagamento em agosto. Para a entrega na indústria de etanol, a indicação é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega e pagamento em maio.