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26/Nov/2024

Preços do milho poderão recuar com maior oferta

Segundo o Itaú BBA, a pressão sobre os preços do milho no mercado brasileiro pode ganhar força com a proximidade da safra de soja, pois haverá necessidade de liberação dos silos, o que pode atuar como fator de pressão para os preços quando acontecer. Enquanto isso, os preços do milho seguem em alta no Brasil. A valorização do cereal é de até R$ 15,00 por saca de 60 Kg nos últimos três meses, impulsionados por demanda doméstica robusta, alta do dólar e retração nas vendas. A conjuntura interna se alinha ao cenário global, onde as cotações na Bolsa de Chicago caminham para a terceira valorização mensal consecutiva, com ganhos acumulados de 6% em setembro, 4% em outubro e cerca de 2% na primeira quinzena de novembro, atingindo US$ 4,23 por bushel.

O panorama de boa demanda pelo milho norte-americano, somado à sinalização de menor produção na Ucrânia e na União Europeia, tem sustentado os preços no mercado internacional. Apesar desse cenário positivo, o ritmo de exportação brasileira segue lento. Entre fevereiro e outubro, os embarques somaram 25,9 milhões de toneladas, 28,5% abaixo do mesmo período do ano passado. O programa de exportação aponta para 34,4 milhões de toneladas, 18 milhões atrás de 2023, com o Brasil sendo pouco atrativo em relação às outras origens. No campo, o plantio da safra de verão (1ª safra 2024/2025) avançou para mais de 50% da área projetada, ritmo superior ao do ano passado, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O clima favorável nas regiões produtoras do Sul tem contribuído para o bom desenvolvimento inicial das lavouras. No entanto, o cenário global traz sinais mistos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo sua estimativa de produção norte-americana de milho, reduzindo-a para 384,6 milhões de toneladas, embora o volume continue entre os maiores da história do país. Ao mesmo tempo, a China reduziu suas compras previstas para a safra 2024/2025, de 19 para 16 milhões de toneladas, o menor nível desde 2019/20. A menor competitividade do milho brasileiro no mercado externo, somada à necessidade de liberar silos para a chegada da soja, pode intensificar as pressões sobre os preços no curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.