12/Nov/2024
Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (11/11) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto o recuo do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Um movimento de realização de lucros também influenciou os negócios, após a valorização de quase 4% acumulada na semana passada. O vencimento dezembro do grão perdeu 1,00 cent (0,23%), e fechou a US$ 4,30 por bushel. Traders também liquidaram posições compradas após dados terem mostrado que fundos de investimento passaram a apostar na alta dos preços de milho na Bolsa de Chicago na semana até 5 de novembro. Segundo levamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição liquida desses agentes passou de vendida em 35.508 lotes para comprada em 3.035 lotes no período. Condições favoráveis na América do Sul também pesaram sobre os contratos.
O plantio de milho na Argentina alcançou na última semana 37,2% da área total prevista, de 6,3 milhões de hectares, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na semana passada, o avanço foi de 2,7%. Além disso, 89% da safra apresentava condição entre normal e excelente na última semana, ante 86% na semana anterior. No Brasil, a semeadura do milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) atingiu no dia 7 de novembro 72% da área estimada para o Centro-Sul do País, ante 59% na semana precedente e 76% em igual período do ano passado, segundo dados da AgRural.