31/Oct/2024
Segundo o Rabobank, a produção de milho no Brasil deve alcançar 125 milhões de toneladas na safra 2024/2025, crescimento de 2,5% em relação à temporada anterior. A demanda interna do cereal deve crescer de forma significativa, impulsionada pela expansão das usinas de etanol de milho e pelo aumento na produção de frangos e suínos. A demanda interna de milho tende a ter um aumento importante, com impacto do aumento da capacidade das plantas de etanol de milho, como também da produção de frangos e suínos. Os setores de aves e suínos representam cerca de 80% do consumo de milho voltado para a ração animal no Brasil.
Para o consumo doméstico, a projeção é de que o volume atinja 90 milhões de toneladas na safra 2024/2025, um incremento em relação às 85 milhões de toneladas do ciclo anterior. A função do mercado vai ser aumentar os prêmios para garantir que essas 90 milhões de toneladas se realizem em 2024/2025, tanto para garantir o abastecimento das plantas de etanol, como também do mercado interno voltado para a ração animal. Entretanto, a forte demanda interna deve levar a uma nova queda nas exportações de milho. A expectativa é de uma segunda redução das exportações de milho. Os embarques totais devem alcançar 36 milhões de toneladas em 2024/2025.
Além das questões de mercado, há os riscos climáticos que podem afetar a produtividade do milho 2ª safra de 2025, especialmente por causa do atraso no plantio da soja. Há um risco relativamente alto para o clima. Todo esse atraso que se observou em relação ao plantio da soja deve postergar também o plantio do milho 2ª safra de 2025. A expectativa é de que parte das lavouras de milho 2ª safra de 2025 seja plantada fora da janela ideal, o que aumenta a possibilidade de perdas. Parte do desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra de 2025 ocorrerá já num momento em que sazonalmente é esperado um volume bem reduzido de chuvas.
Então, isso traz um ponto de atenção em janeiro, fevereiro, que é onde boa parte das lavouras de milho vai ser disseminada. No cenário global, a safra norte-americana de milho também será elevada, com 386 milhões de toneladas, configurando a segunda maior colheita da história dos Estados Unidos. Por mais que a não haja uma recomposição dos estoques globais expressiva, os Estados Unidos, o principal e historicamente o maior exportador de milho, estará com estoques elevados e finalizado sua segunda maior colheita de milho. Então, isso tende a pressionar um pouco as flutuações da Bolsa de Chicago. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.