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24/Oct/2024

Preços do milho em alta com a demanda aquecida

Nas últimas semanas, observa-se uma intensa disputa entre compradores domésticos e internacionais pelo milho brasileiro, o que vem elevando os preços internos do cereal. Embora a oferta seja menor, os exportadores precisam cumprir seus compromissos de exportação, o que contribui para a sustentação dos preços. Essa competição deverá persistir até a segunda quinzena de novembro, quando os embarques de milho brasileiro tendem a perder força nos portos.

O dólar, que favorece a valorização do cereal, também tem impulsionado esse movimento, e a expectativa é de que continue subindo, mantendo os preços elevados. Por outro lado, os estoques das agroindústrias no País estão relativamente elevados, e os produtores têm adotado uma postura mais rígida nas negociações. Há muito milho nas mãos de cerealistas e atravessadores.

Quando a soja precisar de espaço nos armazéns, esse milho pode inundar o mercado. Esse impacto pode ser suavizado por uma entressafra mais longa e uma safra de verão (1ª safra 2024/2025) menor. É importante ficar atento à 2ª safra de 2025. Os cálculos e a relação de troca estão se mostrando muito favoráveis, sendo um ponto crucial para monitoramento.

No Paraná, na região norte, o mercado de milho registra negócios na ferrovia em Maringá a R$ 68,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em dezembro. No Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 68,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em novembro. Para a safra de verão (1ª safra 2024/2025), o mercado segue sem referências de preços.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, os compradores indicam R$ 54,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em outubro. Há negociações pontuais, mas o mercado não está muito movimentado. Para 2ª safra de 2025, a indicação é de R$ 40,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto. Com o atraso na soja, os vendedores estão aguardando, na expectativa de novas altas.