24/Oct/2024
O novo governo do México anunciou, na terça-feira (22/10), um plano agrícola que pode fazer com que a produção e distribuição de alimentos do país se pareçam muito mais com as da década de 1980, quando as refeições mexicanas eram dominadas por tortilhas, feijões, café instantâneo e chocolate quente barato. Quatro décadas atrás, os ingredientes para essas refeições eram, no geral, comprados em lojas do governo que estocavam alguns produtos básicos. A presidente Claudia Sheinbaum prometeu reavivar os armazéns governamentais, muitas vezes decadentes e limitados, e continuar os esforços para alcançar a soberania alimentar. O foco principal será aumentar a produção de feijão e milho, garantindo preços para agricultores que cultivam milho usado para tortilhas e reduzir os preços das tortilhas em 10%.
O governo pretende aumentar a produção de feijão em cerca de 30% em 6 anos para substituir as importações e criará centros de pesquisa para fornecer sementes da leguminosa de maior rendimento. O governo também buscará apoiar a produção de café, mas principalmente para preparação instantânea, que é usado por 84% dos lares mexicanos. O plano também buscará apoiar a produção de cacau, sobretudo em pó e para chocolate quente, e não para barras de chocolate fino. As políticas parecem ir contra as tendências do mercado. Hoje em dia, a maioria dos mexicanos faz compras em supermercados modernos, e o consumo de café moído na hora, não instantâneo, aumentou enormemente, acompanhado por um boom de redes e lojas especializadas em café. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.