23/Oct/2024
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações de milho de Mato Grosso somaram 16,89 milhões de toneladas até setembro de 2024. Desse volume, 60,89% deixaram o País pelo Arco Norte. Em 2021, a participação do Arco Norte nas exportações de milho do Estado era de 47,63%. O aumento é resultado de investimentos em infraestrutura, especialmente nos portos de Barcarena (PA) e Santarém (PA), que juntos exportaram 8,65 milhões de toneladas, o equivalente a 84,09% do volume total escoado pelo Arco Norte.
Apesar do crescimento, os portos do Arco Norte enfrentam dificuldades sazonais devido à seca, o que levou a Associação dos Terminais Portuários (Amport) a suspender temporariamente o transporte de grãos pelos rios Tapajós e Madeira. A expectativa é que as operações sejam retomadas com o início das chuvas, em novembro. Em Mato Grosso, o preço do milho registra alta de 1,96% nos últimos sete dias, negociado a R$ 49,24 por saca de 60 Kg, em média.
O Indicador Cepea, que acompanha os preços do cereal em Campinas (SP), tem alta de 1,79%, para R$ 68,28 por saca de 60 Kg. A valorização do milho no mercado interno foi favorecida pela demanda local e pelo dólar. Os custos de produção da safra 2024/2025 em Mato Grosso também estão em alta. O custo com fertilizantes, que representam 35,80% do total de custeio, subiu 1,65% em setembro, impulsionado pela elevação no preço da ureia, devido aos conflitos no Oriente Médio e ao aumento da demanda para o plantio da 2ª safra de 2025.
A comercialização da safra 2023/2024 de milho no Estado atingiu 77,87% em outubro, enquanto a da safra 2024/2025 avançou para 15,54%. O Imea projeta para a próxima safra uma área plantada de 6,79 milhões de hectares, com produtividade de 111,74 sacas de 60 Kg por hectare e produção total estimada em 45,53 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.