21/Oct/2024

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (18/10) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo tempo seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, que vem permitindo um rápido avanço da colheita no país. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os trabalhos estavam 47% concluídos no dia 13 de outubro, ante 42% na data correspondente do ano passado e 39% na média de cinco anos. O vencimento dezembro perdeu 2,00 cents (0,49%), e fechou a US$ 4,04 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 2,65%.

O fortalecimento do dólar ante o Real e o recuo do petróleo foram outros fatores baixistas para as cotações. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. As perdas foram limitadas por dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado. O USDA informou que exportadores venderam 2,23 milhões de toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de outubro.

O volume representa alta de 82% ante a semana anterior e avanço expressivo ante a média das quatro semanas anteriores. Além disso, exportadores relataram venda de 125 mil de toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega em 2024/2025. Na Argentina, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio de milho da safra 2024/2025 alcançou na última semana 24,3% da área total prevista, de 6,3 milhões de hectares. Na semana passada, o avanço foi de 5,8%. Na comparação com igual período do ano passado, os trabalhos estão 4,4% adiantados.