15/Oct/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (14/10) na Bolsa de Chicago, refletindo o clima favorável ao avanço da colheita nos Estados Unidos e a expectativa de uma safra recorde no país. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou uma produção de 386,18 milhões de toneladas, com rendimento de 11,54 toneladas por hectare. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pressionou as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
O vencimento dezembro do grão recuou 7,50 cents (1,80%), e fechou a US$ 4,08 por bushel. Levantamento de Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos reduziram significativamente suas apostas na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 8 de outubro. A posição líquida vendida desses agentes diminuiu 51,6% no período, de 72.085 para 34.854 lotes. Esse saldo vendido ficou muito menor do que o esperado.
A forte redução abre espaço para que fundos voltem a adicionar posições vendidas. A AgRural informou que a semeadura do milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) alcançava, até o dia 10 de outubro, 42% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, em comparação com 37% uma semana antes e 41% em igual período do ano anterior. Os trabalhos avançam nos intervalos das chuvas nos Estados da Região Sul, onde o plantio caminha para a reta final. Nos demais Estados, os produtores aguardam maiores acumulados para acelerar as máquinas.