11/Oct/2024
Segundo a StoneX, a expectativa de uma menor safra de milho de verão (1ª safra 2024/2025) no Brasil tem ajudado a sustentar os preços domésticos do cereal. Além disso, o atraso no plantio da soja, embora ainda de forma especulativa, também tem contribuído para sustentar os preços do cereal no Brasil. Após uma quebra por problemas climáticos na 2ª safra de 2024, a produção nacional de milho na safra de verão (1ª safra 2024/2025) deve ficar abaixo de 25 milhões de toneladas. O atraso da soja também pode influenciar a decisão do produtor de fazer ou não a 2ª safra de milho de 2025. Há especulação nas recentes altas. Além dos fatores climáticos, a demanda interna por milho no Brasil se mantém aquecida, especialmente para a produção de etanol.
O País vem expandindo sua capacidade de produção, e a demanda pelo biocombustível é vista como um ponto positivo para o mercado doméstico. No entanto, as exportações de milho brasileiro caíram em 2024, quando comparadas ao desempenho recorde de 2023, em meio a uma maior competição internacional, especialmente dos Estados Unidos. O preço do milho ainda está longe dos picos vistos recentemente no País e não há falta ou restrição do produto. O mercado de ração também está muito comprador, com a produção de proteína animal aumentando. Apesar disso, os preços internacionais seguem pressionados por uma maior oferta global, com os Estados Unidos colhendo a segunda maior safra da história.
Nos Estados Unidos, um ponto de atenção é a rota fluvial do Rio Mississippi, principal canal de exportação, com recentes furacões trazendo alívio para as preocupações com a navegabilidade. Porém, o mercado segue atento à logística, já que fretes mais caros poderiam encarecer o milho norte-americano e beneficiar competidores como o Brasil. Na América do Sul, a Argentina viu uma retração na área plantada, de 7,9 milhões de hectares para 6,3 milhões de hectares, como resultado da alta incidência de pragas na última safra e das incertezas econômicas. Mesmo com uma possível recuperação da produtividade, a menor área cultivada coloca pressão sobre a oferta do país, que também pode enfrentar problemas climáticos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.