10/Oct/2024

De acordo com o relatório Outlook 2034, divulgado nesta quarta-feira (09/10) pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de milho em Mato Grosso deverá crescer 70,40% nos próximos 10 anos. A estimativa é de que a produção salte de 47,17 milhões de toneladas na safra 2023/2024 para 80,38 milhões de toneladas até 2033/2034, consolidando a liderança do Estado na produção do cereal no Brasil. O crescimento da produção será impulsionado por um aumento de 60,20% na área plantada, que deve passar de 6,80 milhões para 10,90 milhões de hectares até 2033/2034. A conversão de pastagens em áreas agrícolas será o principal fator dessa expansão, sem necessidade de desmatamento.

Além disso, a produtividade deverá aumentar 6,37%, alcançando 122,95 sacas de 60 Kg por hectare, ante as 115,59 sacas de 60 Kg por hectare projetadas para a safra atual. A região médio-norte do Estado, atualmente responsável por 39,89% da produção estadual, verá a participação cair para 33,92% em 2033/2034, à medida que outras regiões expandem suas áreas de cultivo. Mesmo com essa redução relativa, a região continuará como a maior produtora de milho, com uma produção estimada de 27,26 milhões de toneladas em 2034, um crescimento de 44,88% em relação à safra atual. Além disso, o Brasil deverá aumentar suas exportações de milho em 30,30%, atingindo 77,5 milhões de toneladas em 2033/2034. Mato Grosso será responsável por 63,18% deste volume.

O crescimento projetado é impulsionado pela crescente demanda por milho para exportação e consumo interno, puxado principalmente pelas indústrias de etanol. A participação do milho (2ª safra) na área total plantada com soja (1ª safra) deve aumentar de 54,51% na safra 2023/2024 para 65,57% em 2033/2034, indicando uma intensificação do uso da terra no Estado. O relatório foi desenvolvido em colaboração com o Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (Iagro) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), utilizando metodologias estatísticas avançadas desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.