02/Oct/2024
O mercado de milho no Brasil passou a monitorar o possível atraso no plantio da soja. O atraso pode reduzir a área plantada de milho na 2ª safra de 2025 se o ritmo não acelerar nas próximas semanas. Quanto à safra de verão (1ª safra 2024/2025), Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais reduziram a área plantada. O mercado sabe que pode haver escassez de cereal no futuro, o que impulsiona os preços.
No cenário internacional, as exportações brasileiras de milho diminuíram 40% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda estão dentro da média dos últimos cinco anos, que é de 17,7 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Não é um desempenho fora da curva como no ano passado, mas dentro da média, atuando como mais um componente de pressão.
Em São Paulo, na região de Campinas, os compradores indicam R$ 65,50 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. A disponibilidade de milho é restrita e os produtores não parecem dispostos a negociar no curto prazo. Para 2ª safra de 2025, o comportamento é semelhante. Os exportadores indicam R$ 63,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em junho e pagamento em julho de 2025, mas não atraem o interesse de venda.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 54,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega imediata e pagamento em 30 dias, enquanto os vendedores buscam R$ 60,00 por saca de 60 Kg. Os preços permanecem estáveis e os produtores só devem voltar a negociar o cereal com a retomada das chuvas na região. Para 2ª safra de 2025, os compradores indicam R$ 52,00 por saca de 60 Kg FOB, mas os produtores ainda não apresentam referências de venda.