02/Oct/2024

Os preços do milho no Brasil devem ser pressionados nas próximas semanas, com o avanço da colheita nos Estados Unidos e o ritmo mais lento das exportações brasileiras, que limita eventuais reações na cotação. A entrada da nova safra de verão (1ª safra 2024/2025) e a possibilidade de condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras do País também reforçam a expectativa de recuo nos preços do grão.

Os produtores brasileiros, que em sua maioria já finalizaram a colheita da 2ª safra de 2024, têm se mostrado cautelosos e aguardam um cenário mais favorável para comercializar o cereal. Os trabalhos no campo e a atenção ao clima quente e seco têm mantido os vendedores afastados das negociações. A entrada da safra norte-americana no mercado pode pressionar os preços domésticos nas próximas semanas.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, os preços spot se mantêm estáveis, a R$ 47,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em outubro. Há registro de negócios para exportação a R$ 50,00 por saca de 60 Kg, para entrega em dezembro e pagamento em janeiro. O milho continua atraindo compradores devido ao câmbio favorável, mesmo com a pressão da safra norte-americana.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, a movimentação no spot é mais contida, com indicações de compra de R$ 62,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento curto. Os vendedores indicam R$ 64,00 por saca de 60 Kg. O mercado ainda segue cauteloso quanto ao fechamento de negócios. Para a safra 2024/2025, os compradores indicam R$ 63,00 por saca de 60 Kg CIF fábrica, para entrega em fevereiro e pagamento em março, mas o clima desfavorável e o replantio em algumas áreas mantêm os produtores hesitantes sobre os preços de venda. O mercado está parado.