27/Sep/2024
Os preços do milho no mercado interno devem ter suporte na oferta restrita e na perspectiva de demanda, especialmente dos setores de proteína animal e produção de etanol. O dólar favorável beneficia o mercado doméstico ao tornar o cereal brasileiro mais competitivo no exterior. A previsão de uma safra de verão (1ª safra 2024/2025) menor e o atraso no plantio da soja, que aumentam as incertezas em relação à disponibilidade de milho na 2ª safra de 2025 reforçam a posição dos vendedores no mercado.
Os produtores que possuem maior capacidade de armazenagem se encontram em uma situação vantajosa, uma vez que, ao reter o produto por mais tempo, podem negociar o grão a preços mais altos, aproveitando a valorização esperada ao longo do período de entressafra. As divergências nas estimativas de produção, estoque e exportação de órgãos governamentais e consultorias privadas também contribuem para a volatilidade do mercado.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 56,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. há registro de negócios nesse patamar de preço. Os produtores estão vendendo gradualmente, sem pressão de liberar espaço para armazenagem. Para 2ª safra de 2025, as negociações seguem paralisadas. Os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto, mas os indicam R$ 54,00 por saca de 60 Kg.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o mercado de milho permanece travado, com indicações de compradores entre R$ 68,00 e R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os produtores estão retraídos e aguardam preços mais altos. Para safra de verão (1ª safra 2024/2025), não há indicações de compra e venda.