24/Sep/2024
Segundo o Rabobank, a desvalorização do Real ante o dólar desde agosto tem sustentado os preços do milho no mercado brasileiro, que atingiram, em média, R$ 47,00 por saca de 60 Kg na primeira quinzena de setembro, registrando um aumento de 11% em relação ao menor nível do ano em junho. Essa reação ocorre após um período de quedas desde janeiro. No cenário internacional, a colheita da safra 2024/2025 nos Estados Unidos tem pressionado as cotações globais.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima uma produção total de 385,73 milhões de toneladas, a segunda maior já registrada. A disponibilidade de milho norte-americano deve continuar influenciando negativamente os preços na Bolsa de Chicago. No Brasil, a safra de milho 2023/2024 sofreu uma redução de 12 milhões de toneladas devido a uma área menor dedicada ao milho 2ª safra de 2024 e a condições climáticas desfavoráveis.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a comercialização do milho da 2ª safra de 2024 em Mato Grosso avançou 40% desde maio, alcançando 70% ao final de agosto. As exportações brasileiras enfrentam desafios de competitividade diante da oferta abundante de milho na Argentina e nos Estados Unidos. Esse cenário resultou em uma redução de 8 milhões de toneladas nas exportações brasileiras de milho no acumulado de janeiro a agosto.
Para 2023/2024, a projeção é de que as exportações totais de milho do Brasil alcancem 38 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 15 milhões de toneladas em comparação ao volume exportado no ano anterior. Para a safra 2024/2025, o Rabobank aponta "margens estreitas" e uma possível redução na área plantada de milho 2ª safra de 2025 no Brasil, refletindo as incertezas sobre a formação dos preços no próximo ano. O câmbio e o clima serão fatores-chave para o mercado de milho no País na 2ª safra de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.